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Cooperativas agrícolas buscam maior internacionalização

As cooperativas agrícolas brasileiras querem aumentar suas exportações, por meio de alianças estratégicas com parceiros que já atuam de maneira mais consolidada com operações de comércio exterior. Este foi o principal destaque da palestra ministrada pelo presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Márcio Lopes de Freitas, durante o seminário "Ajustes no Agro Brasileiro para maior Inserção Global", promovido pelo PENSA/USP (Centro de Conhecimento em Agronegócios da Universidade de São Paulo), nesta sexta-feira (13), em São Paulo (SP), em comemoração aos seus 25 anos de atividade.

Segundo Freitas, cerca de metade da produção agropecuária brasileira passa pelas cooperativas, mas o segmento cooperativista só responde por entre 6% e 10% das exportações do agronegócio. “Precisamos mudar este cenário”, disse. De acordo com o dirigente, a tendência das cooperativas é de ao mesmo tempo costurar mais acordos com as tradings, também buscar uma maior autonomia nos embarques.

“Temos todo o potencial para buscar mercados internacionais por conta própria, investindo num processo de emancipação”, ressaltou o presidente da OCB, acrescentando que as cooperativas têm o diferencial de simultaneamente trabalharem com commodities e bens de maior valor agregado.

Neste desafio de internacionalização, Freitas fez questão de pontuar que o planejamento estratégico do segmento cooperativista não está ancorado neste ou naquele programa de políticas públicas. “Não dá para ficar esperando o governo”, assinalou. “Se a política publicar vier, nós andaremos mais rápido. Entretanto, se não vier, nós vamos em frente de qualquer jeito”, concluiu.

Fonte: Datagro