Skip directly to content

Mercado de defensivos biológicos segue em forte ascensão

O mercado mundial de defensivos agrícolas biológicos tem registrado índice de crescimento cinco vezes superior ao da indústria de defensivo químico. Segundo dados consolidados pela CPL Business Consultantes, de 2011 a 2014, o mercado mundial desses produtos teve crescimento médio anual de 15,3%. A tendência não é diferente no Brasil, onde a percepção é de que as vendas desse setor cresçam entre 15% a 20% nos próximos anos. As projeções foram divulgadas nesta terça-feira (10), em São Paulo (SP), pela Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), entidade que reúne os principais produtores desse mercado.

“O rápido crescimento do mercado de defensivos biológicos se deve ao elevado custo para o desenvolvimento de um novo defensivo químico, em torno de US$ 250 milhões, à maior demanda da sociedade e também dos órgãos reguladores pela produção de alimentos sem resíduos e também ao fato de o defensivo biológico, quando utilizado em alternância com os produtos químicos, permitir um prolongamento da vida útil dos defensivos químicos”, explicou Pedro Faria Jr., presidente da ABCBio.

Além desses fatores, Faria Jr. relacionou ainda outros fatores para o expressivo crescimento, como foco maior em uma agricultura sustentável, na qual ganha importância o uso de produtos menos tóxicos ao meio ambiente e ao homem; maior resistência das pragas aos defensivos químicos; oferta limitada de novas moléculas pelos produtores de defensivos químicos; expressivo avanço tecnológico verificado na área de defensivos biológicos, com o desenvolvimento de formulações mais eficientes e com maior vida de prateleira.

De acordo com dirigentes da ABCBio, fatores como uma nova mentalidade dos produtores agrícolas em relação ao manejo integrado de pragas (MIP), no qual os defensivos biológicos desempenham papel primordial, também auxiliam nas boas perspectivas de crescimento das vendas de defensivos biológicos no País nos próximos anos. “A principal tendência no mercado é de que os biodefensivos acabem tendo uma convivência harmoniosa com os defensivos químicos”, comentou Ari Gitz, integrante do Conselho da ABCBio, acrescentando que há casos em que a prática do MIP tem gerado economia de até 26% em comparação com o uso de manejo tradicional.

Fonte: Universo Agro