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Agrotóxicos e fertilizantes pressionam custos de produção

A alta de preços dos fertilizantes e os agrotóxicos, impulsionados pela valorização do dólar, está pressionando os custos de produção das lavouras de algodão, soja, milho de verão e safrinha, além do feijão primeira safra. Os cálculos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que o maior aumento no custo variável ocorreu para o feijão de primeira safra. Tomando como base Campo Mourão (PR), o custo de produção subiu 40% em relação a setembro do ano passado.

Os levantamentos da Conab mostram que os preços dos fertilizantes subiram em média 37% no ano, enquanto agrotóxicos subiram 32%. No caso dos gastos com sementes a alta foi de 10%. Os técnicos da Conab lembram que apesar do significativo, a alta de preços dos insumos ficou abaixo da variação do dólar para o mesmo período, que foi de aproximadamente 67%.

Ao comentar o comportamento do mercado de insumos, os técnicos observam que o atraso na liberação do custeio e a alta do dólar têm encarecido os custos de aquisição dos agrotóxicos em Mato Grosso. A falta de recursos por parte das instituições financeiras e as exigências forçaram os produtores a aumentar a participação da troca de insumos por grãos com as tradings e cooperativas para ofinanciamento da lavoura, dizem eles.

Segundo a Conab, a lliberação do crédito para custeio também atrasou em Goiás, começando a ser liberado em julho, enquanto que, para investimento os produtores acusaram retenção, contingenciamento e excesso de exigências para liberação. O recurso mais utilizado ainda é o FCO, com juros de 7,3%. Há relatos de que créditos referentes aos programas ABC e PCA praticamente não foram disponibilizados pelos agentes financeiros. Houve redução pelos bancos dos limites bancários e há registros de aumento do nível de garantias para o produtor.

Os técnicos da Conab dissem que não há relatos de escassez de recursos para custeio no Paraná. A procura nos bancos e cooperativas seguiram dentro da normalidade, mas as análises de crédito estão mais restritivas. Houve relatos de problemas de recursos para investimentos. Em algumas regiões os produtores de soja estão utilizando seus próprios recursos para o financiamento da produção, dizem os técnicos.

Fonte: Revista Globo Rural