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Projeção de maior rentabilidade para soja reduz área de milho em 2015/16

A maior rentabilidade da soja deve ser determinante para a redução da área plantada de milho na grande safra de verão que está sendo cultivada neste exato momento. Essa é a tendência apontada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no documento “Perspectivas para a Agropecuária”, que traça um panorama do mercado para os produtos de verão da safra 2015/16. De acordo com a Conab, com a valorização do dólar a tendência é de aumento das exportações da oleaginosa.

No relatório da estatal, culturas como algodão, arroz, carnes, feijão, leite, milho, soja e sorgo foram analisadas pela Superintendência de Gestão da Oferta do órgão sob aspectos relacionados ao suprimento mundial, panorama nacional e internacional, preços e rentabilidade. Entre outros destaques, os técnicos da Conab indicam, por exemplo, possibilidade de redução na produção de arroz devido à expectativa de influência do fenômeno climático El Niño e ao aumento dos preços dos insumos.

Já a situação do milho, mesmo com a perda de área plantada para a soja e não se observando – até o momento – possibilidade de recuperação das cotações internacionais, será mais confortável em termos de preços pagos ao produtor, prevê a estatal. O diagnóstico tem como base a expectativa de manutenção da valorização do dólar, fator que cria um cenário positivo à comercialização do grão brasileiro no mercado externo. Todavia, a Conab ressalta que o produtor deve prestar atenção nas possibilidades de venda antecipada, já que tal procedimento, assim como aconteceu no ciclo 2014/15, deverá se repetir.

Para as carnes, as projeções para 2015/16 são de um quadro mundial de oferta bastante ajustada e produção/consumo globais relativamente estabilizados. Segundo a estatal, os indicadores das exportações brasileiras sinalizam para queda de volume da carne bovina e leve aumento para as carnes de frango e suína. A Conab informa, ainda, que as perspectivas dos produtos da safra de inverno serão divulgadas no começo de 2016, separando as culturas de acordo com o período de colheita.

Fonte: Universo Agro