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"Não vejo problemas para o agronegócio brasileiro neste período de recessão", diz Dilvo Grolli

Na última quinta (10/9), o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, participou de um #FacetoFace promovido pela página da GLOBO RURAL no Facebook. No bate papo, Grolli teve a oportunidade de responder as perguntas enviadas pelos leitores.

O assunto mais debatido foi  a possibilidade da crise econômica chegar ao agronegócio. Mas Grolli foi enfático ao afirmar: "Não vejo problemas para o agronegócio brasileiro neste período de recessão".

Ainda em setembro, a GLOBO RURAL promoverá mais #FacetoFace na página do Facebook com o tema da nossa capa do mês: "Xô, Crise!"

Confira abaixo o bate-papo completo com Dilvo Grolli:

Com o uso de agrotóxicos e transgênicos no Brasil em praticamente todas as culturas, se os mercados estrangeiros fecharem a porta para esses produtos, qual seria a saída para readaptar o agronegócio?

Dilvo Grolli: O uso de agrotóxicos e trangênicos no Brasil é de acordo com a legislação e também com as exigências dos países importadores. Temos que trabalhar com menos uso de agrotóxico e sempre melhorando a qualidade dos alimentos. O Brasil é um grande produtor de alimentos e os produtores rurais têm consciência e responsabilidade como usar este insumos, bem como, os profissionais que dão assistência técnica têm qualificação profissional para instruir e treinar os produtores rurais quanto a aplicação de agrotóxicos e de sementes transgênicas. O mercado mundial têm demanda para diversos tipos de produtos e os produtores rurais brasileiros têm condições de produzir produtos de acordo com as exigências dos mercardos.

Neste momento de incertezas em relação às possíveis consequências do El Niño nas regiões produtoras de soja, a alta do Dólar e, não menos importante, talvez um excesso de oferta - já que a há boatos de que a safra 2015/16 dos EUA tende a ser a recorde -, quais as previsões esperadas para quem negocia o produto na Bolsa?

Dilvo Grolli: A tendência é de menor cotação nas bolsas de mercadorias, salvo alguma frustração de safra. A vantagem do agronegócio brasileiro é a valorização do dólar e a produtividade que pode ser encrementada em todas as regiões brasileiras.

Sr. Dilvo, li na reportagem que a Coopavel emprega trabalhadores haitianos. Como é a relação com eles?

Dilvo Grolli: A relação é boa, procuramos integrá-los ao dia a dia da Coopavel, para melhorar ainda mais esta integração, incluimos um haitiano no nosso RH para que possa auxiliar aos novos estrangeiros que procuram a cooperativa. Eles também têm acesso aos cursos e treinamentos para qualificação profissional e pessoal oferecidos dentro da Coopavel.

O que podemos esperar pro agronegócio para este fim de ano?

Dilvo Grolli: O agronegócio brasileiro está crescendo. Este ano terá um aumento de 15 milhões de toneladas de grãos e também aumentará a produção de carne de frango e parte dos grãos e da carne de frango serão destinadas a exportação. Por isso, não vejo problemas para o agronegócio brasileiro neste período de recessão.

Você acha que esta crise pode afetar, atingir a agropecuária em geral?

Dilvo Grolli: A crise brasileira e a falta de infraestrutura, bem como a inflação afetarão como elevarão os custos de produção. Para o custo de produção da agricultura que serão plantados em 2016 que tem insumos importados, terá impacto muito forte. Para o plantio que estara acontecendo nos meses de setembro e outubro de 2015, cujo os insumos já foram adquiridos pelos produtores, quando o dólar estava entre R$ 3,20 e R$ 3,30 estes serão beneficiados com o dólar atual mais alto.

Qual destino para o sebo bovino e o oleo de visceras de frango?

Dilvo Grolli: O óleo de vísceras quando possível são incorporados a ração animal e de acordo com a legislação. Quanto ao sebo bovino não temos este produto na Coopavel.

Poderia dar dicas sobre melhor gado de leite?

Dilvo Grolli: Não tenho dados técnicos mas como produtor rural, vejo que depende da região, das condições da propriedade e do clima da propriedade. O ideal é uma consulta as associações de criadores de gado de leite e visitação a eventos técnicos de leite.

Qual é tendência com relação ao preço futuro do litro do leite já que na nossa região existem vários produtores na área?

Dilvo Grolli: De estabilidade de preço para os próximos 6 meses.

Fonte: Globo Rural