Necessidade do farelo da soja para pecuária europeia pode abrir portas para exportações de MS
Apesar da perspectiva de aumento na produção pecuária da Alemanha, a qualidade da carne produzida em Mato Grosso do Sul abre portas para as exportações brasileiras. A análise é do doutor da Universidade de Ciências Aplicadas de Nova Brandenburgo, Theodor Fock, que apresentou a palestra “Agricultura e Política Agrícola na Alemanha e na União Europeia: desenvolvimento e aspectos atuais” a acadêmicos, técnicos e representantes de entidades ligadas à agropecuária sul-mato-grossense, nesta quinta-feira (24), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul).
De acordo com Fock além do suco de laranja e do café que o Brasil exporta para a Europa, há potencial mercadológico para outros produtos. “A qualidade da carne brasileira e a necessidade do farelo da soja para a pecuária europeia fazem de Mato Grosso do Sul um possível fornecedor que pode suprir necessidades da Alemanha”, destacou o doutor ao ressaltar que apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha corresponde à agropecuária.
Segundo o diretor de relações institucionais da Famasul, Rogério Beretta, a busca por informações sobre as políticas agropecuárias da União Europeia contribui para o desenvolvimento de estratégias de mercado. “Continuamente buscamos as tendências de mercado para entender a percepção que os consumidores europeus tem no momento da escolha de um produto, assim conseguimos analisar as informações e buscar oportunidades”, afirmou Beretta.
Durante a palestra, Fock esclareceu que apesar das necessidades de produtos da América do Sul a União Europeia tem políticas que acarretam no avanço da produção. “Diferentemente do Brasil, um produtor com apenas 40 hectares e 15 vacas leiteiras, por exemplo, é incentivado pelo governo e recebe por ano € 13,2 mil, juntos os produtores alemães recebem por ano cerca de € 5,5 bilhões por ano que são investidos em tecnologia”, detalhou o pesquisador durante a apresentação organizada pela Famasul junto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Corte).
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema Famasul
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