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Ministério da Agricultura revê para baixo sua projeção do VBP

A Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura revisou para baixo suas projeções do Valor Bruto da Produção agropecuária (VBP), que representa a renda obtida pelos produtores rurais brasileiros. No levantamento de abril, a estimativa para 2015 foi rebaixada para R$ 456,4 bilhões. Em março, estava em R$ 481,6 bilhões. Os dados relativos a 2014 também foram revistos, passando de 480,9 milhões para R$ 457,8 bilhões. Agora, a previsão é de queda de 0,3% do VPB em 2015.

A redução acentuada do VBP projetado para este ano se deve principalmente à revisão dos dados relativos à avicultura de corte em 2014, que teve um rebaixamento de R$ 17,7 bilhões, passando de R$ 61,4 bilhões em março para R$ 43,6 bilhões nos cálculos de abril. A previsão é de queda de 2,6% na renda do setor de frangos, para R$ 42,5 bilhões. Segundo explicações da assessoria, as correções se devem a mudança na metodologia da fonte de preços, principalmente de aves e laranja, que estavam acima das médias de mercado. Toda a série histórica foi corrigida.

Mesmo com a revisão, a assessoria mantém a previsão de aumento de 3,5% na renda do setor de proteínas animais em 2015, para R$ 167,5 bilhões, impulsionada pela pecuária de corte, cujo VBP deve crescer 11,4% para R$ 73,3 bilhões. O crescimento esperado é mais modesto para suínos (+1,8% para R$ 232 bilhões) e ovos (+1,2% para R$ 133 milhões). Na pecuária leiteira, a expectativa é de queda de 3,8% na renda para R$ 27,4 bilhões.

Na parte agrícola, a citricultura foi alvo de correções. As projeções de renda do setor em 2014 foram rebaixadas em R$ 8,9 bilhões, dos R$ 19,8 bilhões estimados em abril para R$ 10,9 bilhões em abril. Agora a projeção é de queda de 8,5% no VBP da laranja para R$ 10 bilhões.

Nas lavouras, o destaque continua sendo a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, que deve ter aumento de 2,8% na renda para R$ 94 bilhões. O VBP da cana-de-açúcar, que é a segunda lavoura mais importante, deve retrair 4,2% para 43,9 bilhões. No caso do milho a expectativa é de queda de 4,8% para R$ 34,4 bilhões. Para o café a projeção é de aumento de 1,4% para R$ 17,7 bilhões. O tomate, que foi considerado o vilão da inflação no ano passado, tem previsão de queda no valor da produção de 19,5% para R$ 11,6 bilhões.

Fonte: Revista Globo Rural