Mercado neutro, em compasso de espera para o relatório do USDA, por Miguel Biegai

Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago operam muito próximos da estabilidade na manhã desta terça-feira (12/12). O contrato de março/18, que passou a ser a partir de hoje o novo driver do mercado, está trabalhando a US$ 993,50 centavos por bushel, com recuo de apenas 0,5 centavo. Durante a madrugada, ele chegou a trabalhar com 3,75 centavos de alta.

Hoje é dia do relatório de Oferta & Demanda do USDA, divulgado mensalmente. No entanto, diversos operadores não esperam grandes mudanças no quadro fundamental de soja, tanto para os Estados Unidos, como também para o quadro mundial. Na média das estimativas de analistas ouvidos pela Agência Dow Jones, espera-se leve aumento dos estoques americanos, de 11,5 para 12,1 milhões de toneladas.
Ou seja, cerca de 600 mil toneladas a mais.

Na quinta-feira, outro relatório importante, mas do NOAA que é a instituição governamental nos EUA responsável por monitorar o clima e fazer projeções. No relatório de novembro, o NOAA indicou 65% a 75% de chance de La Niña. Após o Bureau of Meteorology (Austrália) confirmar um quadro de La Niña (fazendo o mercado subir fortemente na semana passada), agora a expectativa de alguns operadores é que o USDA aumente ligeiramente essa probabilidade, depois dos dados consolidados de novembro. Surgem notícias de lavouras precisando de chuva em algumas regiões do Paraguai, Oeste do Paraná e Argentina. Vamos monitorar, mas depois de quatro quedas seguidas, talvez o mercado esteja pronto para um movimento de alta, nem que seja apenas como ajuste técnico. Compra de call janeiro/18, que estão baratas, pode ser uma alternativa interessante, e com baixo risco.

Graficamente, o contrato de março/18 bateu no suporte de US$ 990,50 nesta terça-feira.