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Importações chinesas de milho disparam em junho

Por volta de 2010, parecia que a China estava prestes a se tornar o maior importador mundial de milho, com uma classe média ávida por proteína de animais alimentados com o grão e seus subprodutos.

Em 2012, a China passou de um player sem grande importância para o sexto maior comprador de milho do planeta. Em seguida, caiu para o 13º lugar. Preocupações estratégicas explicam em parte essa queda. Os EUA, o maior exportador mundial do grão, fornecia uma enorme quantidade de milho para a China.

Esse alto nível de dependência produzia consternação nos círculos políticos chineses, ao evidenciar que a China estava perdendo sua autossuficiência. Aos poucos, no entanto, os chineses foram percebendo que esse não era um bom motivo para o país deixar de importar, e que nunca poderiam depender exclusivamente de sua própria produção.

As importações chinesas voltaram a crescer, mas a maior parte do milho agora vem da Ucrânia. No primeiro semestre, o volume importado do país do Leste Europeu foi 852% maior que o do mesmo período do ano passado. Entre janeiro e junho deste ano, a Ucrânia foi a fonte de 88% do milho importado pela China.

Agora, a China tem entre seus fornecedores países que antes exportavam volumes muito pequenos para o país asiático, como Rússia, Bulgária, Mianmar e Laos. A China também assinou acordos com Ucrânia, Rússia, Brasil e outros países, para garantir uma base maior de fornecedores. Há cinco anos, os EUA forneceram 97% do milho importado pela China.

Nos seis primeiros meses de 2015, essa fatia foi de apenas 3,8%. Também não ajudou o fato de a China ter rejeitado, a partir do final de 2013, vários carregamentos de milho norte-americano devido à presença de uma variedade transgênica que na época ainda não tinha sido aprovada por Pequim. Fonte: Dow Jones Newswires.

Fonte: Revista Globo Rural