Importação Chinesa Cresce!

As vendas agressivas no milho/trigo chegaram a puxar as cotações da soja. Entretanto, a forte demanda por exportação de soja e a redução de basis no mercado físico norte-americano sustentou os futuros da oleaginosa nas últimas horas da sessão desta terça-feira (31). O mercado desenvolve uma mentalidade sucinta de que o USDA poderá reduzir novamente as produtividades da soja nos Estados Unidos. Os relatos diretamente do campo trazem quedas acentuadas de rendimento da soja plantada após o dia 10 de maio, que acabaram sofrendo com as estiagens no período crucial de florescimento e enchimento do grão. As margens de lucro no esmagamento da soja na China voltam a operar no positivo, com compras de novos cargueiros de soja norte-americano. Os chineses voltam a demonstrar interesse na soja estadunidense, uma vez que a oferta do grão disponível se torna abundante e os preços de venda para exportação são cada vez mais atrativos. As importações anuais na China podem alcançar 96-97 MT de soja, contra 95 MT estimadas pelo USDA.

Clima - América do Sul

As precipitações intensas se expandem pelo Centro Oeste do Brasil, e produtores de Goiás, centro do Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e Tocantins voltam com as atividades de plantio em ritmo acelerado. A ARC nota que ainda há regiões localizadas que não observaram chuvas nestes últimos dias, no entanto que deverão receber índices pluviométricos de 20-40 mm nas próximas 72 horas. No Paraná, as chuvas dão uma trégua que deve durar até o dia 4 de novembro. O curto período de "estiagem" é favorável ao estado que já enfrenta problemas com saturação hídrica do solo e enchentes localizadas. Apesar do avanço de plantio em níveis altos, alguns produtores paranaenses deverão replantar a soja que foi perdida pelo excesso de chuvas pesadas. No entanto, é prematuro dizer que o estado perderá produtividade final, uma vez que os problemas ainda são localizados.