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Ganhos pré-colheita

O bom desempenho da safra de soja começa muito antes do plantio. Para alcançar alta produtividade, agricultores movimentam indústrias e serviços ao investirem em insumos e fertilizantes, fazendo a economia girar.

- É impossível alcançar resultados expressivos na produção primária sem o envolvimento da indústria e dos serviços – observa Antônio da Luz, economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

Depois da colheita, os reflexos de uma supersafra de soja como a atual – quase 15 milhões de toneladas – ficam ainda mais evidentes, impactando diretamente as exportações e no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

- O complexo econômico em torno da agricultura é muito grande, e isso torna o agronegócio competitivo - enfatiza Luz.

Mas quando essa competividade passa por infraestrutura fora das propriedades, a realidade é outra. A deficiência logística no escoamento de grãos é evidenciada em números. No Rio Grande do Sul, segundo estatísticas da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, 88% da safra é transportada por rodovias, 9% em ferrovias e 3% por hidrovias. O resultado é que, enquanto no Brasil o transporte representa 8% dos custos da produção da soja, nos Estados Unidos não chega a 3%.

- A situação piora à medida que se aumenta a produção de grãos no país, e a logística não acompanha - completa Paulo Menzel, presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura.

Fonte: Zero Hora