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Executivos do agronegócio apontam os principais desafios do setor

Dois grandes executivos ligados ao agronegócio brasileiro, Sérgio Rial, presidente do Conselho de Administração do Banco Santander, e André Roth, chairman da Louis Dreyfus Commodities (Brasil), participaram de evento em São Paulo (SP), onde listaram suas principais preocupações acerca dos desafios do setor. Ambos marcaram presença, na última semana, no lançamento de um comitê de jovens lideranças de uma entidade do segmento rural.

Na ocasião, Rial defendeu a desregulamentação do depósito compulsório como medida para aumentar a competição entre as instituições financeiras do País e consequentemente ampliar a liquidez de crédito disponível no mercado. Por lei, os bancos comerciais são obrigados a depositar junto ao Banco Central parte dos depósitos que recebem de seus clientes.

Desta forma, o depósito compulsório é uma maneira de o BC controlar a quantidade de dinheiro disponível na economia, o que influencia questões ligadas a juros e financiamentos, por exemplo. Ao sustentar sua posição, o executivo do Santander disse que o mercado tem que caminhar para a “desintermediação”. Segundo Rial, o risco de investimento ainda é alto no Brasil – inflação e juros elevados, por exemplo -, o que trava movimentações.

Por sua vez, em sua participação, Roth foi incisivo ao frisar que o adversário do produtor rural brasileiro não é o seu vizinho de porteira, e sim todos os outros agricultores do mundo. De acordo com o executivo, a competição se tornou global, e o produtor precisa entender isso. Segundo ele, para se manter competitivo, o fornecedor de commodities agrícolas tem que ter custo, produtividade e escala.

No campo das políticas públicas, Roth elencou a necessidade de mudanças tributárias, a ampliação de investimentos em infraestrutura logística e a abertura de novos mercados como prioridades para a competitividade do agronegócio brasileiro.

Fonte: Universo Agro