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Estoque mundial de milho crescerá 3 milhões de toneladas

Em novo relatório de oferta e demanda divulgado nesta quarta-feira (10/06), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês) indica que as reservas mundiais demilho serão de 195,19 milhões de toneladas na safra 2015/2016 – 3 milhões de toneladas acima da projeção divulgada em maio.  Se confirmada, será o quinto ano consecutivo de aumento nosestoques de passagem norte-americanos. O número projetado para o próximo ciclo poderia ser ainda maior, já que as sobras da safra velha cresceram 4,51 milhões de toneladas no mês (saíram de 192,5 milhões para 197,01 milhões de toneladas), conforme o órgão. Mas houve aumento nas expectativas de exportação e queda na oferta do cereal.

A produção global de milho vai alcançar 989,3 milhões de toneladas, 800 mil toneladas abaixo do número apontado há um mês. Já as exportações foram revisadas para cima em 1,3 milhão de toneladas. Ao todo, os países exportadores devem vender 122,2 milhões de toneladas. Em maio, a projeção era de 120,9 milhões de toneladas.

A previsão de embarques dos principais players de milho foi mantida. Líder no mercado, osEstados Unidos devem produzir 346,22 milhões de toneladas e exportar 48,26 milhões de toneladas, praticamente o mesmo volume do ano passado. Com uma colheita calculada em 75 milhões de toneladas, o Brasil é o segundo no ranking com projeção de exportação de 22 milhões de toneladas, 6% menos que no ciclo anterior. No caso da colheita da safra 2014/2015, o Usda elevou sua estimativa de produção para 81 milhões de toneladas, contra 78 milhões de toneladas apontadas no relatório de maio. A alteração considera a entrada da segunda safra do cereal, que está em fase inicial de colheita no Brasil nos principais estados produtores.

A Argentina tem produção estimada em 25 milhões de toneladas, das quais 15,5 milhões de toneladas devem deixar o país.

Apesar das alterações no quadro global, o Usda manteve sua projeção para as cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT). Segundo o órgão, o produto oscilará entre US$ 3,20 por bushel e US$ 3,80 por bushel na próxima safra.

Fonte: Revista Globo Rural