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Dólar limita pressão da colheita sobre os preços da soja, diz Cepea

Os preços da soja mantém a trajetória de baixa nesta primeira metade de fevereiro, apontam os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No final da semana passada, as referências para o grão chegaram a subir, o que não foi suficiente para reverter a desvalorização acumulada neste mês, de mais de 3%. No entanto, ainda se mantêm em patamares elevados.

O indicador do Cepea, com base no corredor de exportação de Paranaguá (PR), acumula baixa de 3,29% no mês. Na última sexta-feira (12/2), a saca foi cotada a R$ 77,26. O indicador com base na média dos negócios no mercado físico do Paraná tem redução de 3,46%, ficando, na sexta-feira, em R$ 73,02 a saca.

O avanço da colheita, por um lado, tende a levar os preços para baixo, informam os pesquisadores. Mesmo com as chuvas em algumas regiões interrompendo os trabalhos de campo e trazendo preocupações com a qualidade do produto que sai das lavouras. No Centro-oeste, por exemplo, as precipitações atrasam a colheita nos talhões de grão de ciclo mais precoce, mas beneficia os plantados com a soja de ciclo mais tardio.

De outro lado, a valorização do dólar diante do real aparece como um limitador da pressão vinda da maior disponibilidade de soja sobre os preços no mercado nacional. “As quedas foram limitadas pelo câmbio, que aqueceu o interesse vendedor. As negociações só não foram mais intensas por conta do período de carnaval, que paralisou o mercado em alguns dias da semana passada”, dizem, em nota divulgada nesta segunda-feira.

Fonte: Globo Rural