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Cotações atingem valores recordes para soja e milho no ano de 2016

Os preços da soja subiram com força no mercado brasileiro em 2016, atingindo recordes. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, Esalq/USP, Piracicaba/SP), o impulso veio da postura retraída de produtores, que negociaram grande parte da safra 2015/16 antecipadamente. Além disso, a demanda (interna e externa) aquecida, favorecida pela valorização do dólar frente ao real, contribuiu para elevar as cotações.

O movimento de alta nos preços internos da oleaginosa vinha sendo verificado desde meados de 2015, quando o clima desfavorável prejudicou parte das lavouras. Em 2016, as reações foram mais intensas em junho e julho, refletindo também os embarques aquecidos. Como consequência do forte ritmo de embarque de soja, compradores brasileiros tiveram dificuldade em adquirir o grão para abastecer a demanda interna. Assim, algumas unidades paralisaram o processamento em setembro, devendo retomar as atividades apenas neste ano de 2017.

O ano de 2016 também teve ajustes importantes no mercado brasileiro de milho. Conforme pesquisadores do Cepea, o adiantamento das negociações no final da temporada passada e a forte quebra na produtividade da safra 2015/16, que gerou a menor produção das últimas cinco temporadas, impulsionaram os valores domésticos do cereal na maior parte do ano.

O elevado patamar de comercialização do milho, por sua vez, resultou em mudanças na dinâmica de mercado do cereal, com descolamento dos preços regionais, forte redução das exportações e elevação das importações no segundo semestre.

O Indicador esteve em patamar elevado ao longo de todo o primeiro semestre e atingiu recorde nominal no início de junho, quando fechou a R$ 53,91/saca de 60 kg, expressiva alta de 46,4% na primeira metade de 2016. No dia 29 de dezembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), fechou a R$ 38,17/saca de 60 kg.

Fonte: Cepea, adaptado pela equipe feed&food.

Fonte: Cepea, da Esalq/USP