Com produtores retendo soja, Argentina aumenta importação de Paraguai, Bolívia e Brasil
A capacidade de moagem do complexo oleaginoso de Gran Rosario, Argentina, às margens do rio Paraná, supera o volume de soja que é produzido no país.
Por isso, o Governo autorizou, há anos, um regime de importações temporárias de soja de países vizinhos, como o Paraguai, a Bolívia e agora, também o Brasil, para que a soja em grão entre no país para ser processada e exportada como farelo ou óleo na Argentina.
Este dado estrutural, mais uma conjuntura na qual os produtores argentinos estão segurando a colheita à espera de melhores preços, ajuda a entender o porquê de o país ter duplicado suas importações de soja desde o começo do ano.
Dados
Segundo um boletim da Bolsa de Comércio de Rosario, foram importadas 1,4 milhões de toneladas de soja em 20 de setembro, com 136 mil toneladas provenientes do Brasil.
Um fator que influencia nessa importação é a decisão dos produtores de segurar a safra em silos à espera de melhores preços no mercado.
Até a semana passada, as declarações juradas de venda ao exterior (DJVE) alcançavam sete milhões de toneladas, muito abaixo dos compromissos de exportação do mesmo período em outras safras.
Mesmo assim, em 13 de setembro, a indústria e a exportação já haviam adquirido 62% da safra 2016/17 da Argentina, dois pontos abaixo da safra passada e sete pontos abaixo da média das últimas cinco safras.
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