Clima na Argentina continua no radar em Chicago e mesmo sem prejuízos para soja, 37% da área seguem com poucas chuvas

A segunda-feira foi de queda para as cotações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), após um mercado positivo na sexta-feira (17), com altas de mais de 20 pontos.

Ginaldo de Sousa, analista de mercado da Labhoro Corretora, destaca que os Estados Unidos está em uma semana curta, uma vez que haverá o feriado do Dia de Ação de Graças na próxima quinta-feira. Assim, será um dia sem pregão e outro com apenas meio pregão.

O mercado também devolveu os ganhos que haviam em torno do clima na América do Sul, especialmente da Argentina. Segundo Sousa, "ainda é cedo" para especular sobre a safra do país vizinho, mas "o mercado não dá bola para essa ausência de problemas", especialmente em uma semana como essa.

Os embarques americanos, por sua vez, estão atrasados em relação ao ano passado. No Brasil e na Argentina, também - há embarques sendo realizados em pleno mês de novembro. As vendas de safra nova também estão atrasadas. O analista destaca, ainda, que o milho e o trigo estão mais baratos em relação à soja, mas que esta é mais volátil e mais dinâmica.

As especulações em torno do La Niña também começam a ganhar corpo em Chicago. Amanhã, a Austrália irá divulgar suas projeções que, de acordo com Sousa, são bastante próximas à precisão em termos de fenômeno.