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Chuva atrapalha colheita de soja no Centro-Oeste, informa AgRural

A colheita de soja nesta safra 2013/14 volta a ser prejudicada pelo clima. Agora, o excesso de chuva, especialmente em Mato Grosso, principal Estado produtor do País, dificulta os trabalhos no campo e deprecia a qualidade dos grãos. Segundo levantamento semanal da consultoria AgRural, o avanço semanal de 9 pontos porcentuais levou o índice de área colhida no País para 30%, reduzindo a vantagem de 5 para 3 pontos porcentuais na comparação com o ano passado. O ritmo só não foi menor porque todos os Estados já começaram a colher.

Em Mato Grosso, o acumulado de chuva em porções do norte e do leste do Estado alcançou 230 mm na semana passada. "Com o excesso de chuva, perdas na qualidade dos grãos e quedas de produtividade já começam a ser registradas", informa a AgRural. No norte, a colheita está 6 pontos atrasada na comparação com o ano passado. Em Nova Mutum, lotes estão chegando aos armazéns com grãos avariados e 27% de umidade. Em Lucas do Rio Verde, os trabalhos evoluíram pouco, e há áreas com soja germinando no pé. Em Sorriso, no Médio-Norte, a previsão de chuva para os próximos dias começa a preocupar produtores, que devem perder algumas sacas por causa do excesso de umidade.

Em Mato Grosso do Sul, 55% da área foi colhida, 12 pontos à frente de um ano atrás, segundo a AgRural. Chuvas vêm sendo registradas por todo o Estado, mas só beneficiam as lavouras de milho safrinha. Em Maracaju, a colheita já passou da metade da área, e talhões que não receberam umidade vem rendendo 30 sacas por hectare. Em São Gabriel do Oeste, algumas áreas registram produtividade de até 68 sacas por hectare, enquanto em outras o rendimento não passa de 50 sacas.

A chuva dificulta o avanço da colheita no leste de Goiás. Em Cristalina, a evolução foi de apenas 3 pontos porcentuais, mas não se espera perda por excesso de umidade mesmo que continue a chover na próxima semana. No sudoeste do Estado, a colheita já está em 65% da área, com produtividade média esperada de 50 sacas por hectare.

As temperaturas recuaram no Rio Grande do Sul, mas as chuvas continuam bastante irregulares. "Ainda existe chance de recuperação para as lavouras que estão em fase vegetativa mas, no geral, as perdas já são evidentes", observa a consultoria.

Com 31% da área colhida, os trabalhos no Paraná continuam em linha com um ano atrás. No sudoeste, as áreas que estão em floração pedem chuva. O mesmo ocorre nos Campos Gerais, onde boa parte das plantas está enchendo grãos. No oeste do Estado, a colheita já alcança 90%, avançando sobre as áreas que sofreram com as altas temperaturas em janeiro.

Segundo a Agrural, na Bahia, as chuvas chegaram em boa hora. No entanto, os dois períodos de chuvas esparsas não passaram em branco, e cerca de 30% da área deve ter grandes perdas. No Maranhão, as chuvas da semana passada não chegaram a atrapalhar a colheita da oleaginosa, que está em 10%. No entanto, como 65% das plantas ainda está enchendo grãos, esta umidade é bem-vinda.

No Piauí, informa a AgRural, a chuva chegou tarde para os cultivares mais precoces, que já registram perdas de produtividade. No Tocantins, bons volumes de chuva caíram na semana passada, disponibilizando um bom aporte de umidade para as lavouras mais tardias. A expectativa para o Estado é de uma boa safra, já que as chuvas foram bem regulares na maioria das regiões produtoras.

Estadão Conteúdo