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Caminhoneiros voltam a bloquear trechos de rodovias em Mato Grosso

Caminhoneiros voltaram a bloquear três trechos de duas rodovias de Mato Grosso nesta quinta-feira (23) em Rondonópolis e Lucas do Rio Verde. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) é permitida a passagem apenas de carros de passeio, ônibus, ambulâncias e veículos oficiais. De acordo com a PRF, o primeiro bloqueio começou ainda na madrugada na região de Lucas do Rio Verde, na BR-163 no km 686.

Os outros dois bloqueios são registrados no entroncamento da BR-364/BR-163 (km 120/ km 200) em Rondonópolis e no km 206 da BR-364 na saída de Rondonópolis para Cuiabá. A manifestação segue tranquila e não há informação de congestionamentos nesses trechos.

A decisão partiu após reunião da categoria com o Governo Federal nesta quarta-feira (22). Os representantes dos caminhoneiros não concordaram com a proposta do governo, apresentada pelo ministro Miguel Rosseto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, de criar uma tabela referencial, que apenas sugira o preço do frete, ao invés de uma tabela impositiva, que determine o preço mínimo do frete.

Os caminhoneiros haviam entregue para análise da Secretaria-Geral da Presidência da República no dia 26 de março uma tabela com preços mínimos de frete que poderia ser usada nacionalmente, elaborada pelo grupo de trabalho que, além da categoria, era formado por técnicos do Ministério dos Transportes e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O representante dos caminhoneiros de Mato Grosso, Gilson Baitaca, participou da reunião em Brasília. "O governo alega inconstitucional aplicar essa tabela como obrigatória, porque não pode interferir na lei de oferta e procura do mercado. Para nós só interessa o sim, que ela seja obrigatória. Por isso pararemos", diz. Segundo ele, a redução do preço do diesel no país continua sendo uma das reivindicações da categoria.

O Governo Federal divulgou nota dizendo que a proposta apresentada nesta quarta-feira atende às reivindicações dos caminhoneiros. O ministro Miguel Rossetto defendeu que as medidas foram construídas em ambiente de diálogo e respeito. “São conquistas importantes que marcam uma nova relação entre o governo federal e o setor de transporte de cargas, em especial, os caminhoneiros. Queremos continuar esta construção de agenda positiva a partir de um diálogo permanente”, informa Rosseto.

Em Mato Grosso, a primeira greve dos caminhoneiros teve início no dia 13 de fevereiro e seguiu até a primeira semana de março.

Fonte: G1 MT