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Brasil precisa de seguro como o dos EUA, defende Odacir Klein

O ex-ministro da Agricultura Odacir Klein afirma que os produtores brasileiros de milho precisam das mesmas garantias de renda que os produtores norte-americanos já possuem. “Um programa governamental de seguros (melhor) deve ser desenvolvido”, defende o hoje coordenador do Fórum Nacional do Milho, que ocorre anualmente na feira ExpoDireto, de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul.

Klein prevê que “a produção brasileira pode ainda crescer muito”. “Eu não vejo grandes dificuldades. Nós temos um solo muito bom. A principal dificuldade é que nós não temos uma garantia boa de renda”, lamentou ele em entrevista ao jornalista Luis Vieira, correspondente do Portal Agriculture.com no Brasil.

“Nós temos que seguir o exemplo dos EUA. Nós pensávamos que haveriam grandes perdas com a recente seca lá, mas os produtores não tiveram porque eles têm boas fontes de ressarcimento. Aqui nós precisamos de algum tipo de seguro, similar aos dos Estados Unidos, para evitar grandes perdas como consequências de secas e outros problemas”, conclui.

O dirigente acredita que o Brasil tem grandes perspectivas de aumento para a produção de etanol de milho e biodiesel nos próximos anos. Segundo ele, essa utilização não vai competir com as vendas de grãos para consumo humano ou animal.

“Existem projetos de produtores do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul para produzir etanol no futuro. A ideia é produzir etanol quando existam sobras de milho, para que se possa vender e agregar valor. O etanol ficaria mais barato naquela região e também iria para o norte. A indústria de ração protesta e não quer isto”, analisa.

“Nós ainda temos muitas áreas para crescer e temos a áreas de pastagem degradadas para recuperar. A tecnologia aplicada é mais alta e da mesma forma a produtividade. Atualmente, a produção de milho só diminui por conta de preços, que estavam muito mais baixos em 2013 do que em 2012. Nesse ano, a produção deve cair de cinco a sete milhões de toneladas. A saída do milho safrinha também deve ser menor por conta de custos maiores”, conclui.

Agrolink