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Bancos devem atuar em gestão de risco do agronegócio, diz Santander

O presidente do Conselho de Administração do Santander, Sergio Rial, defendeu que os bancos precisam ter uma participação mais ativa no agronegócio nacional, com uma atuação que não envolva apenas o financiamento das atividades, mas também a gestão de riscos para mitigar a volatilidade que é característica do setor. A afirmação foi feita durante abertura do Exame Fórum Agronegócio, em São Paulo, nesta segunda-feira (26/10).

Como elementos que podem adicionar volatilidade ao setor, Rial fez referência ao término do superciclo de commodities no mundo e o "brutal" realinhamento macroeconômico no País. O executivo ressaltou que o banco também tem expandido a sua carteira de crédito ao setor agropecuário. Nos últimos 12 meses, o avanço foi de 21%. "O agronegócio não precisa só de financiamento, mas sem financiamento não há agronegócio", disse.

Segundo Rial, o Santander hoje financia aproximadamente 170 culturas no Brasil e deve aumentar o seu número de agências no Centro-Oeste, seguindo o avanço da agropecuária na região. Rial também disse que o Santander deve resgatar as raízes dos bancos que adquiriu nos últimos anos, que tinham maior incursão no agronegócio.

Pecuária

Em suas observações, o presidente do Conselho do Santander mencionou que espera um desempenho recorde de rentabilidade no setor frigorífico no terceiro trimestre deste ano. Segundo ele, isso é um resultado da melhor gestão de capital de giro das empresas do setor, bem como ganhos em rastreabilidade dos animais e em genética. Nestas duas áreas, porém, ele cita que o País está apenas "no início". Parte da rentabilidade recorde esperada por Rial é devida à demanda internacional.

"O mundo está mais desacelerado, mas continua enriquecendo. E quanto mais enriquece, maior é o consumo de proteínas, e não de carboidratos", diz. Por fim, o executivo do Santander disse que o setor precisa investir em opções de logística, sobretudo em hidrovias. "Logística não é só diesel, autoestrada e ferrovias", ressaltou.

Fonte: Scot Consultoria