Abrasem amplia campanha pelo bom manejo nas lavouras de soja e algodão
A Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) ampliou a campanha para orientar os produtores rurais sobre as boas práticas necessárias à manutenção da tecnologia BT, que são plantas transgênicas resistentes a insetos. A ação, que já foi feita com o milho, agora está focada na soja e no algodão. A Abrasem pretende realizar palestras nas principais regiões produtoras dessas cultivares no país.
Até o mês de junho, consultores da Abrasem estarão em campo para ensinar aos produtores rurais o manejo adequado para adiar o surgimento de insetos resistentes às plantas geneticamente modificadas. Eles estão no Paraná e de lá vão percorrer os Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Bahia.
– O monitoramento da lavoura é uma peça chave nisso. Mesmo que a tecnologia seja muito eficiente, o produtor tem que monitorar a sua lavoura. Ele tem que estar acompanhando porque pode ser que, em algum momento, ele tenha que aplicar algum defensivo, alguma coisa dependendo da situação em que esteja a lavoura dele – afirma o superintendente executivo da Abrasem, José Américo Rodrigues.
São práticas essenciais, indispensáveis nas lavouras para que haja saltos em produtividade e muitas já fazem parte da rotina das fazendas. É o que explica o técnico agrícola Cleiton Miranda, acostumado com o manejo da soja transgênica.
– Procuramos ver o solo, fazer a agricultura de precisão, que é um dos maiores focos que temos para poder ter uma ótima produtividade, em seguida ocorre a dessecação pré-emergente, aí fazemos a escolha de uma ótima semente. Isso é fundamental e um ótimo tratamento de semente que também ajuda na produtividade – relata Miranda.
Segundo Rodrigues, o tratamento de sementes é muito importante.
– É muito importante o tratamento de sementes porque a semente, quando ela é plantada, quando ela está na fase inicial, ela é muito suscetível e muito frágil ainda. É importante a rotação de cultura para que você não fique com a mesma cultura na mesma área.
Rodrigues também destaca a importância do refúgio e da dessecação. Com os cuidados necessários a recompensa vem com a colheita mais farta.
– Com esse grau de manejo, acho que ganhamos cerca de 30% na produtividade, às vezes, pode chegar até a mais – ressalta Miranda.
Conforme o engenheiro agrônomo da Abrasem, Paulo Campante, através da biotecnologia, foi possível aumentar de maneira considerável a produtividade.
– Passamos para um outro patamar de produtividade. Antes tínhamos 5, 6 ou 7 mil quilos por hectare, hoje alcançamos 10, 15 mil quilos por hectare. Produtores produzindo com milhos com altas tecnologias. Não é interessante nem para o produtor, nem para a indústria, nem para qualquer elo da cadeia que se volte às produtividades de 4,5 anos atrás. A ideia é que, adotando essas boas práticas agrícolas, se consiga manter e talvez aumentar a produtividade – declara Campante.
Canal Rural
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