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Dólar sobe no final da semana, após fechar abaixo de R$ 3

O dólar avançava ante o real nesta sexta-feira (15), acompanhando os mercados externos em um movimento de correção após a fraqueza recente, em meio à percepção no Brasil de que o Banco Central poderia aproveitar o alívio no câmbio para reduzir sua intervenção.

Perto das 11h, a moeda norte-americana subia 0,19%, a R$ 2,9985 na venda. O dólar terminou o dia a R$ 2,9927, em baixa de 1,51%.

Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, com oferta de até 8,1 mil contratos.

A divisa ganhava terreno também em relação a diversas outras moedas, como o euro, os pesos chileno e mexicano e o dólar australiano. Nas últimas sessões, o dólar recuou globalmente, após uma série de indicadores econômicos fracos sobre os Estados Unidos.

O economista da empresa de análise financeira 4Cast Pedro Tuesta descreveu o movimento como "uma correção técnica global do dólar" e afirmou que a continuidade do avanço "dependerá dos dados norte-americanos de hoje e da semana que vem".

Fraqueza persistente na economia norte-americana poderia levar o Federal Reserve a adiar o início do aperto monetário, mantendo a atratividade de ativos de países como o Brasil.

No mercado doméstico, a percepção de que cotações mais baixas do que 3 reais poderiam abrir espaço para o Banco Central reduzir sua posição em swaps cambiais --que vêm pesando sobre as contas públicas do país nos últimos meses-- sustentava o avanço.

Além disso, alguns investidores acreditam que o BC olha com bons olhos a possibilidade de um impacto benéfico da alta do dólar sobre a balança comercial.

"Não há muito espaço para o dólar cair mais por causa dos fundamentos (domésticos) e parece que nem o BC quer isso", afirmou o operador de uma corretora internacional, que solicitou anonimato.

Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, com oferta de até 8,1 mil contratos.

G1